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25 de set. de 2009

Hepatite A, B e C








Hepatite significa inflamação no fígado, causada por vírus: HAV (Hepatite A), HBV (Hepatite B) e HCV (Hepatite C). Serão expostas aqui, apenas esses três tipos, suas formas de transmissão, tratamento e prevenção.

HEPATITE A


É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus, chama-se HAV. Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas mais carentes, com condições de higiene precária e falta de saneamento básico.
Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, a incidência maior é em crianças (2 à 6 anos), elas constituem um grupo de risco importante, e também os adultos e profissionais da saúde que interagem com essas crianças, porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade.
Os sintomas são variáveis: dores no corpo, dor na parte direita superior do abdome (fígado), cefaléia, cansaço fácil, inapetência e febre, coloração amarelada da mucosa e da pele, urina escura, semelhante a chá forte ou coca-cola, as fezes claras, prurido, perda da função do fígado. Há casos em que é assintomática.

Transmissão


Ocorre pela via chamada fecal-oral, na maioria das vezes com fezes de pacientes contaminando a água de consumo e os alimentos. Pode ocorrer também entre pessoas que utilizam piscinas com água mal tratada e compartilham toalhas e lençóis que estão contaminados por fezes e passam despercebidos. Não existe forma crônica de Hepatite A, ou seja, exceto os poucos casos fatais associados à forma fulminante, quadro muito raro em que a única forma de tratamento é o transplante de fígado. A doença se resolve espontaneamente de 1 a 2 meses.

Tratamento


Não existe medicação específica, usam-se remédios contra enjôo, dor e febre. Repouso restrito não é necessário, cabendo ao paciente respeitar os limites conforme sua tolerância. Não cabem restrições alimentares, a comida pode ser normal. Certas pessoas, devido ao mal estar e à náusea, não conseguem manter uma ingestão mínima de água e comida, necessitando de hidratação intravenosa. Nos raros casos de Hepatite A fulminante, o portador pode precisar de transplante de fígado.

Prevenção


O vírus da hepatite A é eliminado pelas fezes na fase de incubação e nos primeiros 10 dias de icterícia. As fezes contaminam as águas que, se não tratadas, ao serem usadas para lavar alimentos, utensílios e para o próprio banho transmitem a doença a novos indivíduos. É importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas. Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite A, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção de anticorpos (imunoglobulina), na tentativa de prevenir ou amenizar a doença.


HEPATITE B

Trata-se também de uma inflamação causada por um vírus, chama-se HBV. Os sintomas são parecidos com os da hepatite A São eles: mal-estar generalizado, dores de cabeça e no corpo, cansaço fácil, falta de apetite, febre. Após, surgem tipicamente prurido, fezes claras, urina escura e pele e mucosas amarelada.

Transmissão


Transfusões de sangue foram a principal via de transmissão da doença, hoje em dia isso se tornou raro por causa da testagem obrigatória laboratorial dos doadores. Atualmente, o uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas e também relações sexuais sem (camisinha) são as formas mais preocupantes de contaminação na população. O contato acidental de sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus, como mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença.Mulheres grávidas contaminadas podem transmitir a doença para os bebês, sendo o parto normal ou por cesariana o principal momento de risco. O que pode ser minimizado pelo médico através de tratamento adequado.

Tratamento


Na hepatite A aguda, não é necessário tratamento com medicamentos específicos. Remédios para náuseas, vômitos e coceira, bem como administração endovenosa de líquidos podem ser usados ocasionalmente.
O repouso no leito não deve ser exigido uma vez que não afeta a evolução para hepatite crônica ou fulminante. Porém a ingestão de álcool em qualquer quantidade é proibida. O uso de qualquer medicamento deve ser avaliado pelo médico, já que muitos necessitam de um bom funcionamento do fígado para seu desempenho. A forma fulminante da hepatite aguda exige cuidados intensivos em hospital, podendo necessitar de transplante de urgência. Alguns casos de hepatite crônica necessita de um tratamento para evitar a evolução da doença e o risco de desenvolver cirrose e suas complicações.

Prevenção


Existe vacina para hepatite B, é indicada para todos os recém-nascidos, adultos que já tiveram a doença também podem ser vacinados, profissionais da área de saúde também são indicados, assim como alcoólatras e pessoas com outras doenças hepáticas. Pessoas portadoras do vírus C também podem tomar a vacina do vírus B.


HEPATITE C

É uma inflamação provocada pelo Vírus da Hepatite C (HCV). Diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos de Hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito leves e semelhantes aos de uma gripe. Já existe um tratamento para a fase aguda da Hepatite C, pessoas suspeitas de terem sido contaminadas merecem atenção mesmo que não apresentem sintomas. Mais de 80% dos contaminados pelo vírus da hepatite C desenvolverão hepatite crônica e só descobrirão que tem a doença em exames por outros motivos, como por exemplo, para doação de sangue. Outros casos, aparecerem até décadas após a contaminação, por causa de complicações, casos de cirrose, câncer de fígado.

Transmissão
 
Situações de risco são as transfusões de sangue, a injeção compartilhada de drogas e os acidentes profissionais. Portanto, podemos nos contaminar com o vírus da Hepatite C ao termos o sangue, as mucosas ou a pele não íntegra atingida pelo sangue ou por secreção corporal de alguém portador do HCV, mesmo que ele não se saiba ou não pareça doente. A transmissão sexual do HCV não é freqüente e a transmissão da mãe para o feto é rara (cerca de 5%). Não são conhecidos casos de transmissão de hepatite C pelo leite materno. Apesar das formas conhecidas de transmissão, 20 a 30% dos casos ocorrem sem que se possa demonstrar a via de contaminação.
 
Tratamento
 
Nos raros casos em que a hepatite C é descoberta na fase aguda, o tratamento está indicado por diminuir muito o risco de evolução para hepatite crônica, prevenindo assim o risco de cirrose e câncer, nesses casos o tratamento se dá através de medicamentos (interferon). Os efeitos colaterais dos remédios utilizados em geral são toleráveis e contornáveis, porém, raramente são uma limitação à continuidade do tratamento. A decisão de tratar ou não, quando, por quanto tempo e com que esquema tratar são difíceis e exigem uma avaliação individualizada, além de bom entendimento entre o paciente e seu especialista.
 
Prevenção


A prevenção da hepatite C é feita pelo rigoroso controle de qualidade dos bancos de sangue, o que no Brasil, já ocorre, tornando pequeno o risco de adquirir a doença em transfusões. Seringas e agulhas para injeção de drogas não podem ser compartilhadas. Profissionais da área da saúde devem utilizar todas as medidas conhecidas de proteção contra acidentes com sangue e secreções de pacientes, como o uso de luvas, máscara e de óculos de proteção.


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